O que vem primeiro: a Comunidade ou o negócio?
Buscar saber se o ponto de origem de uma empresa é a comunidade ou o negócio é similar a buscar responder ao paradoxo sobre o que veio primeiro: o ovo ou a galinha. Neste contexto, talvez o melhor início para a reflexão proposta seja o momento de descoberta quando nos deparamos com a seguinte inquietação: “tem uma comunidade no meu negócio, ou tem um negócio na minha comunidade”?
É importante compreender que um negócio, uma empresa, uma associação, um hub, ou qualquer outra denominação que dê conotação para um agrupamento de pessoas e processos para entregar produtos e serviços ao público escolhido, pode ser gerido tendo por base as ferramentas de gestão de comunidades.
Para melhor compreensão sobre, segue o desenvolvimento.
1. Contexto organizacional da empresa
Primeiro, o ponto de partida é entender o contexto. Quando trazemos para o âmbito empresarial, parece que o tema comunidade é distante, e talvez seja limitado ao contexto de organização social. Entretanto, se o objetivo primitivo de um agrupamento social for resgatado, será possível compreender que as pessoas se reuniam com o intuito de proteger do perigo externo, somado à capacidade de produzir mais juntos, todos unidos pela identidade comum. Será que uma empresa também teria esse intuito?
Além do mais, quando as comunidades foram evoluindo em termos de tecnologias e recursos, as sociedades que desenvolveram melhor sua identidade foram as que tiveram melhor proveito, entendendo melhor o comportamento dos seus membros e produzindo para este interesse. Neste sentido, o caminho para que um negócio prospere também pode passar por produzir olhando os comportamentos que exprimem a sua identidade, aliado ao interesse dos seus membros.
2. Prosperidade da Comunidade: ambiência e recursos
Com isso, surge a ambiência que é a escolha do melhor ambiente para desenvolvimento das atividades, com rituais que vão moldar a rotina criando a vivência da comunidade. Dentro do contexto empresarial, seus membros, que podem ser clientes ou colaboradores, escolhem estar num determinado ambiente, físico ou digital, com certo ritmo de encontros e experiências e esse tipo de vivência contribui para que se sintam mais participantes e pertencentes.
Desta forma, surgem as necessidades e interesses que delimitarão os recursos a serem utilizados para a prosperidade, seja da sua comunidade ou empresa – caso ainda não compreenda que uma está contida na outra.
Vale ressaltar que os recursos destinados para construção e desenvolvimento devem estar alinhados aos objetivos delimitados pela liderança. Neste sentido, negócio e comunidade poderão ter diferentes ordens de grandeza dentro desta mentalidade, o que trará diferença em seus rumos.
3. Sustentabilidade para a Comunidade e para o negócio
Independente de qual seja a escala de sua comunidade, um fator é preponderante: a sustentabilidade. Toda comunidade saudável é sustentável e todo negócio que prospera compartilha desta visão, não bastando crescer, mas sim gerar subsídio suficiente ao sustento e prosperidade dos seus participantes.
Sendo assim, é importante destacar este último ponto para fechar as sinergias e convergências entre negócio e comunidade, refletindo que os propósitos só serão sustentados se tiverem uma fonte mantenedora dos seus objetivos e ações, aliados às suas definições de sucesso.
Em resumo, temos que negócios e comunidades podem compartilhar de um mesmo contexto, gerando ambiência necessária ao uso de recursos, que serão definidos por líderes que buscarão a sustentabilidade dos seus propósitos. Com tudo isso, é importante compreender que a gestão de comunidade é uma mentalidade que se desdobra em uma ferramenta de negócios poderosa, principalmente dentro se um ambiente de mercado em constante transformação e conexão.
O conteúdo proposto neste artigo é oriundo do programa de formação de liderança para Gestão de Comunidades da Global Touch, a TRÍADE.
Como parte da jornada, as comunidades participantes fazem seu diagnóstico, depois iniciam o planejamento da comunidade e como próximos passos vão para a operacionalização, trazendo o olhar de métodos e processos de gestão das comunidades segundo seus membros, eventos, conteúdos, conexões, projetos e resultados.
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